quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Não era sentimento...era TPM.

Ser mulher definitivamente não é para os fracos.

 Além de engravidar/dar à luz/ser mãe, muitas vezes ter jornada dupla, ou seja, trabalhar na rua, em casa  e comprovadamente ganhar menos por isso, ainda temos o prazer imenso de viver este período FILIZ , em que nossos hormônios reduzem os neurônios à insignificantes "slaves".

Mas né, não basta só sangrar durante cinco dias. Não! Alguns dias antes o teu corpo ainda te faz o favor de se preparar psicologicamente pra enlouquecer de vez! Começa com aquela vontade estranha de ver pela vigésima vez os clássicos da comédia romântica da "Sessão da Tarde"(aquelas mesmo, que tu já sabe o final de trás pra frente e mesmo assim chora que nem uma louca), deixando aquela barra de chocolate "escorregar" (ops!) pra dentro do cestinho no super e criando uma playlist com músicas da Kate Perry, James Blunt e Nickelback. Não contando, claro, o famoso e enorme inchaço que eleva ainda mais a tua auto-estima tão grande nesse período - só que ao contrário. Ah, e lembra aquele vinho fazendo aniversário na geladeira? Vai embora mais rápido que a tua ressaca no dia seguinte.

Qualquer semelhança com o vídeo abaixo NÃO é mera coincidência. E bitch, controle-se pra não molhar o teclado, please.


All by myseeeeeeelf, don't wanna be...Todas canta!

Óbvio que cada uma sente os efeitos de um jeito diferente, tem até umas extraterrestres privilegiadas que não sofrem de TPM, que devem ser as mesmas vacas que comem um boi pela perna e não engordam, mas no geral, quase todas apresentam algum sintoma relevante.

Eu, por exemplo, choro demais, fico furiosa por nada, fico eufórica por qualquer besteira, a minha insegurança dobra de tamanho e eu acabo ficando ciumenta e desconfiada, o que eu acredito que sentir em doses humanamente normais no resto do mês. É como se tudo ganhasse uma dimensão bem mais ampla do que tem na realidade. Não é a toa que acabo lendo mais Clarice Lispector nessa época do que em qualquer outra do mês. E escrevendo mais também, o que acaba sendo bom, porque assim eu mantenho minhas mãos ocupadas e evito de usá-las para socar a cara de algumas pessoas que ficam particularmente irritantes nesse momento tão mágico da vida. Ah, o auto-controle!

Mas é interessante de tu pensar que talvez, além de expulsar materiais "não-utilizados" no teu corpo, tu possa estar botando pra fora tudo aquilo que teve que guardar por conveniência ou convivência. A "loucura temporária" pode ser uma forma de exorcizar todos os demônios que ficavam te alfinetando por dentro. É uma insanidade momentânea que contribui pra ti continuar com ela no restante do tempo. 

Poder fazer a louca e ainda ter uma desculpa cientificamente comprovada pra isso.

É... ser mulher não é para os fracos: é para os espertos.




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